GUIA LOPES DA LAGUNA - 80 ANOS DA FUNDAÇÃO DA CIDADE 1938 * 2018 - III
Guia Lopes da Laguna
80 anos da Fundação da Cidade
(A última filha caçulinha do município de Nioaque)
19 de Março de 1938 – 19 de março 2018
Parte 3: A transferencia do Patrimonio para as autoridades de Nioaque
E o nascimento do Primeiro Guia-lopense
E o nascimento do Primeiro Guia-lopense
Vista Panorâmica atual onde fora a Colônia Militar de Miranda até 1867. Imagem adaptada por José Vicente Dalmolin. Imagem de Satélite. Google Earth Pro. 2017.
Na primeira parte esboçou os preâmbulos para a fundação de um Patrimônio na margem direita do rio Miranda. Decisão que se tornou fato em solenidade realizada nas terras do filho do Guia Lopes, (José Francisco Lopes, esposo em segundas núpcias com dona Senhorinha Conceição Barbosa Lopes) que também tinha o nome Homônimo do Pai, José Francisco Lopes, era por muitos chamado de “Zé Lopes”. Em 12 de fevereiro de 1938.
No segundo texto, delineou alguns fatos dos bastidores do que ocorreu até 19 de março de 1938. Data em que se comemora a fundação da cidade.
Este terceiro texto, referente a 1938 focará alguns aspectos:
Os idealizadores e constituidores da Comissão de Fundação entre outros, Sargento Queiros, Bulhões, Fioravante realizam o ato oficial para a transferência do novo povoado para a administração das autoridades de Nioac;
O Nascimento do primeiro Guia-lopense, filho do Sargento Bulhões no acampamento da Companhia será um dos pontos que envolveram o pai, sr. Bulhões a tomar parte da ideia de um Povoado.
1. A Transferência
Segundo Odilon, oito dias após a fundação de Guia Lopes da Laguna, procedeu uma reunião convidando todos os civis destas cercanias, cuja a finalidade era dar ciência de que deveriam deixar a responsabilidade da administração do povoado nas mãos das autoridades civis. De que os três membros da comissão, os Sargentos Bulhoes, Queiroz e Fiovarante continuariam dirigindo por um período que não ultrapasse os três meses, mas continuariam dando todo o apoio que estivesse ao seu alcance.
Decorrido o período ficou combinado, que a direção do patrimônio passasse às mãos de chefes civis, sendo os dirigentes escolhidos pelo povo os senhores Basílio Barbosa, Osvaldo Monteiro e Macário Aristimunha, todos bons amigos e de elevado prestígio na região.
Esta transferência para a sociedade civil do município de Nioac ficou oficializada em 5 de junho de 1938, cuja reunião ocorreu nas dependências da Escola Visconde de Taunay. Desta reunião lavrou a seguinte Ata, cuja transcrição segue, salvo a adequação ortográfica:
“Ata de reunião para a transferência do Patrimônio Guia Lopes, as Autoridades civis do município de Nioaque -
Aos cinco dias do mês de junho de mil novecentos e trinta e oito, em salão do prédio da Escola Pública deste Patrimônio, aí presente os senhores José Francisco Lopes, Capitão Teodorico de Farias, D. Comandante da Primeira Cia. Do Quarto B. S. aqui acantonado, Tenente Afonso de Menezes Dipp, Sargento João do Prado e Silva, Luiz Fioravante, Odilon de Queiroz e José Antônio de Bulhões todos da mesma Cia., as autoridades civis de Nioaque, Senhor Antônio de Oliveira Flores DD. Prefeito Municipal, Alziro Lopes Costa – Juiz em Exercício, tenente Gumercindo Cavalheiro, Delegado de Polícia, João Siqueira, Promotor de Justiça, Policiano Costa Lima. Coletor das Rendas do Estado, Helvécio Brandão, Delegado Militar, Sebastião David de Medeiros, primeiro tabelião e os cidadão João Siqueira, Hercílio Vieira de Moura, Osvaldo Fernandes Monteiro, Basílio Barbosa, Macário Aristimunha, Vicente Urbano Leite, Dinarte Pinheiro, Irineu Vieira de Souza, Alfredo de Ávila da Silva, Florêncio da Costa Lima, Cristóvão Felix de Almeida, Paulo Leme Nogueira, Justino Lopes, Argemiro Ávila da Silva e Sinézio Chavasco e muitas pessoas gradas de Nioaque e do Patrimônio, as quais em grande reunião solenizavam este grande feito de Patrimônio, digo de patriotismo e gesto de civismo pelo senhor tenente Afonso de Menezes Dippe, foi dada a palavra ao senhor Sinézio Chavasco, para que este expusesse os fins da presente reunião. Em rápidas palavras, o orador indicado esclarecendo os fins da reunião, dissertou sobre a obra de patriotismo dos dignos militares, plantando mais um marco de esperança, sobre o qual desfralda o nosso glorioso pendão nacional, que servirá de estímulo às gerações vindouras; o orador dando conta dos trabalhos feitos para a fundação deste grande melhoramento, ao qual foi dado o nome do Imortal Guia Lopes, passava neste momento a direção do Patrimônio ao digno Prefeito Municipal de Nioaque. Fazendo esta entrega, os fundadores do Patrimônio confiantes na integridade do Digníssimo Prefeito, estão certos de que S.S., com verdadeiro espírito de brasilidade tudo pensa em fazer pelo engrandecimento deste Povoado e por este povo. Em seguida, o Senhor Antônio de Oliveira Flores, DD. Prefeito Municipal, em breves palavras agradeceu aos dignos militares a obra patriótica, dizendo que, “com a máxima satisfação recebia a honrosa incumbência que ora lhe era feita, garantindo em seu nome e do povo nioaquense que na sua gestão, tudo faria para a continuidade do progresso deste novo povoado, o qual ele repuditava, digo reputava, digno não só pelo seu todo, porém mais ainda, por prestar uma justa homenagem ao imortal sertanejo e Guia da Retirada da Laguna”. Ato contínuo, o senhor Capitão Teodorico de Farias, em rápidas palavras disse que, em seu nome e dos militares que concorreram para a fundação deste Patrimônio, embora tenha passado a direção do mesmo para as dignas autoridades civis de Nioaque, continuaria sempre a disposição das mesmas para o engrandecimento desta obra e pelo progresso de Mato Grosso. Logo a seguir o Senhor Prefeito Municipal assumindo a direção do Patrimônio, resolveu as necessidades mais urgentes dentre as quais a de designar uma comissão para responderem pela direção do mesmo. Dentre os elementos destacados do Patrimônio, foram designados os senhores Osvaldo Fernandes Monteiro comerciante, Macário Aristimunha e Basílio Barbosa – fazendeiros, todos residentes no mesmo, escolha essa que foi recebida com aplausos de satisfação de todos os presentes. Nada mais havendo a tratar, foi encerrada a presente reunião com vivas ao Exmo. Sr. Presidente da República Dr. Getulio Vargas. Exmo. Interventor Federal, Dr. Julio Muller, ao Glorioso Exército Nacional, ao velho José Francisco Lopes e a todas as autoridades presentes. Patrimônio de Guia Lopes da Laguna, cinco de junho de mil novecentos e trinta e oito.”
Assinaturas:
José Francisco Lopes; (filho do Guia Lopes)
Capitão Teodorico de Farias,
Segundo tenente Afonso de Menezes Dippe,
Antonio de Oliveira Flores – Prefeito Municipal
Alziro Lopes da Costa – 1º Juiz de Paz
Tenente Gumercindo Cavalheiro – Delegado de Polícia
Sargento Odilon de Queiróz,
Sargento José Antonio Bulhões,
Helvécio Brandão – Delegado Militar,
Policiano da Costa Lima – Coletor,
Sebastião David de Medeiros – 1º Tabelião,
João Siqueira – Promotor de Justiça,
Hercílio Vieira de Moura – Escrivão da Coletoria,
Osvaldo Fernandes Monteiro,
Basílio Barbosa,
Macário Aristimunha,
Vicente Urbano Leite,
Dinarte Pinheiro,
Irineu Vieira de Souza,
Alfredo de Ávila da Silva,
Florêncio da Costa Lima,
Cristóvão Felix de Almeida,
Paulo Lemes Nogueira,
Justino Lopes,
Argemiro Ávila da Silva,
Sinésio Chavasco”.
1. Nasce o primeiro Guia-lopense, Nywton Bulhões
Segundo José Bião Netto, “Na bela noite de quinta-feira, 26 de Agosto de 1937, o Sargento Bulhões, convidou seu colega para ser padrinho de um garoto que havia nascido pela manhã, daquele dia o qual será batizado com o nome Nywton Bulhões, convite esse que de bom gosto foi aceito pelo o Sargento Pery José da Silva. Mas, momentos depois ambos ficaram a meditar, aonde levar o garoto para batizar, pois a cidade mais próxima é Nioac; a nove (9) léguas e o padre só vem ali no último domingo de cada mês, se não estiver chovendo”.
“Iniciados os batizados foram batizados muitos moços e moças, muitas crianças entre elas o “garoto” que deu origem à fundação deste povoado “Nilton[1] Bulhões”, com seis meses e vinte dias de idade. Às 12 horas todo o povo presente reuniu-se em baixo da aroeira, onde foi saboreado o gordo churrasco da novilha preta, com muita satisfação”.
Nywton Bulhões, filho de José Antônio de Bulhões e Sebastiana Faria Bulhões, nascido no dia 26 de agosto de 1937 no acampamento da 1ª Cia do 4º Btl de Sapadores de Aquidauana, na Fazenda Jardim, hoje Guia Lopes da Laguna/MS. Foi e registrado na cidade de Nioaque/MT. Foi Oficial da Polícia Militar do Estado de São Paulo, formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Universidade Metropolitana de São Paulo. Fez parte da Diretoria Executiva da Associação dos Oficiais Militares do Estado de São Paulo como um dos seus diretores.
No domingo do dia 15 de abril 2012 recebi um telefonema que nos honra muito, era de Nywton Bulhões, (que nos enviará material Histórico de relevante importância, e deu-me notícias da sua existência.) que residia com seus familiares na cidade de São Paulo.
"Prossegue ainda o depoimento de José Bião, publicado pela Revista Executivo Plus, “eu servia ao Exército, nessa companhia, quando nasceu uma criança no acampamento. Foi a primeira, um motivo muito especial, por tanto. O bebê era filho de José Antônio Bulhões e Sebastiana Farias Bulhões. Ele era Sargento da 1ª Cia. B.S., e morava aqui no acampamento do Rio Miranda. Então surgiu a dificuldade para batizar essa criança, porque não tínhamos igreja, padre; apenas três ranchos de taquara batida, coberto com folhas de bacuri, uma palmeira nativa da região. O Padre vinha só até o povoado de Nioaque de 30 em 30 dias e isso quando não chovia. A criança trouxe ao mundo o nome de Nywton Bulhões, e logo o pai do garoto, sargento José Antônio, conseguiu um padrinho, um outro sargento, muito seu amigo, o Peri José da Silva. Mas faltava ainda uma igreja, uma escola para crianças, enfim, a criação de um povoado. Entrou na História toda, o Comandante da Companhia, o Capitão Teodorico de Farias, que deu todo o apoio para a criação do povoado, inclusive arranjou um topógrafo, o Jacó, conhecido como “Nego Jacó".
Nywton Bulhões e Azenil Tavares Bulhões.
Publicada no Facebook, 16 de junho de 2014
Filiação de Nywton Bulhões
Sebastiana Faria Bulhões - José Antônio de Bulhões
José Antônio de Bulhões. Filho de Antônio Joaquim de Bulhões e Águida Torquato de Bulhões, nascido no dia 22 de janeiro de 1903 na cidade de Santana do Ipanema/AL, casado em 4 de janeiro de 1930 com Sebastiana Faria Bulhões, filha de José Antônio de Faria e Cândida Maria da Conceição, nascida no dia 27 de julho de 1906 na cidade de Delfim Moreira/MG. Ele faleceu na cidade de Itajubá/MG em 13 de abril de 1954 onde está sepultado.
3. Breve Conclusão
Segundo o Sargento Odilon de Queiroz
(Meu reconhecimento e Gratidão pela monumental Obra, Transpirar da Vida)
Assim expressou um dos arquitetos desta cidade:
“Nunca deixamos de estar ao lado desses distintos companheiros, desse povo fronteiriço, bom e amável; prestativo e simples. Mesmo de longe, estou ao seu lado. Meu pensamento sempre voa para a saudosa querência, principalmente no dia do aniversário de Guia Lopes da laguna, 19 de março. Até agora, nunca deixei de passar um telegrama ou rádios de felicitações a nossa querida Guia Lopes da Laguna – pequena cidade brasileira, que eu assisti o seu nascimento – por ocasião dessa grande data tão importante à sua vida, tal a minha fé, o meu amor, às cousas da Pátria”. Do Livro no Transpirar da Vida digitalizado, 2006)
Dedicado pelo Senhor José Bião Netto[1]
(Meu reconhecimento e Gratidão pelo Diario de Guia Lopes)
Nota de Busca
Deixo um apelo a todos os leitores
Embora já recuperamos a parte dos textos e já estão formatados para a publicação, graças ao Senhor Nywton Bulhões, entretanto muito desejo recuperar as fotografias que faziam parte do Diario e que estão com certeza em algum baú antigo dos que com ele conviveram até o seu falecimento.
Se você souber noticias destas fotografias do inicio da fundação de Guia Lopes da Laguna, gentileza entrar em contato. Em nome da nossa historia nossa gente nossa terra e do sr Bião
Transcrevo um dos seus poemas, do Diário de Guia Lopes da Laguna, 2012
Falando com a Cidade
I
A ti cidade, que eu vi nascer,
O meu dorido adeus, até um dia,
Que Deus abençoe e proteja, seu altivo crescer,
Nesta terra venerada, abrigo do velho Guia,
A quem rendo tributo, em singela homenagem,
Extensiva a Juvêncio e Camisão, pela a fibra e coragem!
II
De ti não levo mágoas, só recordação.
Do nome, tão venerado, em tua fundação,
Em homenagem ao velho Guia da coluna Camisão,
Nome lembrado com satisfação, e eterna gratidão,
Cidade espelho de duas faces: Dor e satisfação.
Plantada num goiabal cerrado, de capim limão.
III
Nas cercanias da centenária Estância Jardim,
Onde corre o rio, entre as campas e o pomar,
Noite e dia a cantar saudades, saudades sem fim,
Dos soldados brasileiros, que arrastou para o mar,
És a cidade que nasceu, já na história,
No solo da estância, testemunho de soluço e glória!
IV
Adeus estância lendária, velha casa de Jardim,
Campinas verdejantes, colinas floridas, cerros e montes ondulados,
Abrigo das belas orquídeas, perfumada de jasmim,
Adeus campas centenárias, vinte coléricos ceifados,
Que tremendo de fome e frio, aqui tombaram,
Dizimados pela a peste, em triste deserto ficaram!
V
Adeus cidade querida, tua história fica gravada,
Aceita estes versos, de carinho e muito afeto,
Que transladei do coração, e d’alma desconsolada,
Como singela homenagem, de um semianalfabeto,
Que no peito levará, infindos murmúrios de saudades,
Desejando a teus habitantes, muita paz e felicidade.
Em Guia Lopes da Laguna - 17/07/81 José Bião Neto
Fotografia Histórica, com o General Klinger, na Fazenda Jardim, 1931
Fotografia Histórica, com o General Klinger, na Fazenda Jardim, 1931
Entendimento Final
Professor e Mestre José Vicente Dalmolin
Somente algumas referencias históricas que motivaram a Fundação de Guia Lopes da Laguna
Primeira: A cidade de Nioac, Nioaque, nasce oficialmente em 8 de abril de 1849, como um Porto, Depois Colônia Militar, depois povoado abrigando o Corpo de Cavalaria;
Segundo: Colônia Militar de Miranda. Embora poucos guia-lopenses conhecem, antes da fundação da cidade de Guia Lopes da Laguna, existiu na área do Município, antes da Guerra com o Paraguai e destruída e ocupada pelos mesmos, sendo retomada após 1871 um núcleo militar e populacional, que estava localizada nas proximidades do Rio Miranda e o Córrego Atoleiro. Ver o mapa.
Cuja inauguração teve lugar em 23 de Novembro de 1859 e foi aprovada por Aviso do Ministério do Império de 2 de abril de 1850. Constava quando se fundou de 26 habitantes, sendo um empregado militar, 18 praças e 7 colonos paisanos.
Pela Colônia Militar passava a estrada que ligava Nioac para o Forte de Bela Vista, no Paraguai, também para a Colônia Militar de Dourados e conexão com Concepción, Horqueta, Asunción no Paraguai. Por ali estiveram estacionadas as tropas comandadas pelo Coronel Carlos de Moraes Camisão em 1867, antes de dirigirem-se até a invernada da Laguna, na Republica do Paraguai.
Atualmente a área está ocupada por uma propriedade particular.
Terceiro: Em 1858, José Francisco Lopes (o Guia Lopes) e Senhorinha Maria Conceição Barbosa Lopes, filhos e demais parentelas estabelecem residência fixa na fazenda ou Estancia que era denominada de Jardim, cuja posse já havia acontecido anos anteriores, por Antonio Gonçalves Barbosa, Pai de Senhorinha.
Embora a extensão da propriedade estendia entre as margens esquerda e direita do rio Miranda, mas a sede oficial localizava na margem direita. Atualmente está distante a 1 km da cidade. Localizada na margem da Rodovia MS. 382 – Guia Lopes da Laguna – Bonito. Ver mapa.
Quarto - Depois da Guerra, 1874, com a definição dos limites de fronteira entre o Império e a Republica cada vez foi abandonando a rota pela Colonia de Miranda e intensifica e melhorada a que passava pela Fazenda Jardim, em vau pelo rio Miranda, atingindo a margem esquerda, nas proximidades do Cemitério de Heróis e seguindo em direção da fronteira com o Paraguai. A ocupação foi efetiva. Surgindo Bela Vista, Ponta Porã, Porto Murtinho.
Quinto – A partir de 1900, com os trabalhos coordenados pelo Marecha Rondon, estabeleceu a passagem da linha telegráfica entre Nioac – Bela Vista – Margarida, pela fazenda Jardim.
Sexto – A transferência do 7º Regimento de Cavalaria da cidade de Nioac para Bela Vista em 1906 e posterior a emancipação desmembrada de Nioac.
Sétimo – a Exportação da Erva-mate e o desenvolvimento do Porto dos Murtinhos; Porto Murtinho estimulam comercio, migrações e estabelecimentos de criação de gado.
Oitavo – diversos movimentos políticos, armados e militares foram tornando esta região cada vez mais conhecida, Destaques foi a passagem da comitiva do Engenheiro e Politico Dr. Armando Arruda Pereira em 1925, produziu o livro Heroes Abandonados; a passagem da comitiva do General Mallan em 1926, produziu o livro Heroes Esquecidos; as Manobras Militares integrando diversos quarteis e aviação, coordenada pelo General Bertoldo Klinger, no ano de 1931, também conhecida como manobra de Nioac. Outro evento importante paralelo foi a produção do Filme Alma do Brasil, por Libero Luxardo.
Destas e outras produções tornaram esta região do “Jardim” sempre muito popular.
De acordo com diversos documentos na historia de Nioaque, em virtude da historia, ocupação e povoamento, a região do Jardim mesmo antes de 1938 já possuía um subdelegado para atender as ocorrências.
Nono – Por fim, a execução da melhoria do sistema Rodoviário e das comunicações com a região de fronteira, além de manter a integridade e segurança do sul de Mato Grosso, no Governo do Presidente Getulio Vargas, dos Interventores e dos comandantes Militares de todos os quarteis, realizam a partir de 1933 uma grande mobilização que culminou não só na construção da primeira Ponte sobre o Rio Miranda, substituindo o vau que se encontrava em diferentes pontos entre a fazenda jardim e a Ponte.
Desta peregrinação militar e civis dos anos de 1930 não apenas deu origem a cidade de Guia Lopes da Laguna, homenagem ao Guia, mas também a cidade de Jardim, homenagem a região que compreendeu a Fazenda Jardim, que também pertencera ao Guia e a instalação da atual 4. Companhia de Engenharia de Combate Mecanizada.
Deste período em diante a história prossegue em construção.
Da Fazenda Jardim 1858 a Guia Lopes da Laguna 1938 – há exatamente 80 anos 2018
José Vicente Dalmolin, Guia Lopes da Laguna, Mato Grosso do Sul, 19 de março de 2018
Vista Panorâmica atual onde fora a Colônia Militar de Miranda até 1867. Imagem adaptada por José Vicente Dalmolin. Imagem de Satélite. Google Earth Pro. 2017.
Vista Panorâmica atual onde localiza a Fazenda Jardim. Imagem adaptada por José Vicente Dalmolin. Imagem de Satélite. Google Earth Pro. 2017.
[1] José Bião Netto, também foi militar, assim como Severino Felix da Silva, após terem deixado o Exercito a Companhia passam a residir no povoado de Guia Lopes da Laguna, desempenhando diferentes atividades, professor, politico, cartorário, administração publica.
[1] Grafia correta Nywton Bulhões. N.E.
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