CIDADE DE GUIA LOPES DA LAGUNA

CIDADE DE GUIA LOPES DA LAGUNA

 

(SOMENTE FRAGMENTO)

BIBLIOGRAFIA

 

Guia Lopes da Laguna, Nossa Terra, Nossa Gente, Nossa História, 1858 a 1958.  Dalmolin , José Vicente). Campo Grande, MS : Livraria e Editora ..., 2011.

 

1.  Guia Lopes da Laguna. 2 , História Regional. 3. Município de Mato Grosso do Sul..

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O nome Guia Lopes da Laguna é uma epopeia - todo ele é história, História de um Homem, História de Homens, História da História de uma época, de um Estado, de uma Nação, de diversas Nações.

                        

Homenagem a um sertanista, desbravador,  fazendeiro, soldado e finalmente um Expedicionário de Mato Grosso, a brava Coluna do Coronel Carlos Morais Camisão, dos idos tempos da Guerra da Tríplice Aliança e o Paraguai - Guerra do Paraguai, 1864 - 1870.

 

            José Francisco Lopes, cognome de Guia Lopes na Expedição da qual tomou parte, nascido  na então Vila de Piumhi, Província de   Minas Gerais, em 26 de Fevereiro de 1811.  Filho de Antonio Francisco Lopes e Teotonia Joaquina de Souza.  Vindo de  Santana do Paranaíba  (hoje Paranaíba-MS.) para Vacaria (região compreendida entre os atuais Municípios de Maracaju, Rio Brilhante) com seu irmão Gabriel Francisco Lopes e Antônio Gonçalves Barbosa (seu sogro mais tarde, pai de Dona Senhorinha Barbosa Lopes), primeiros moradores daquelas extensas regiões no planalto de Maracaju, depois de andanças pelos sertões  do Sul da Província,  então  Mato Grosso, veio a casar-se com a cunhada, Dona Senhorinha, viúva de Gabriel Francisco Lopes.

 

            José Francisco Lopes (Guia Lopes), constituindo família passou a morar na fazenda Monjolinho, (hoje Município de Bela Vista), e na Republica do Paraguai (possivelmente em Concepcion ou Bella Vista Norte,Paraguai) mudando-se em 1858 para a posse Jardim,  que  Antônio Gonçalves Barbosa levantara  à margem direita do Rio Miranda, onde passou a criar gado (atualmente a sede da fazenda pertence ao Senhor Joelcio de Souza Padilha).      Vaqueano  dos sertões - de todos eles, da Vacaria ao baixo da Serra de Maracaju, foi guia na exploração, reconhecimento do Rio Dourados, dos campos do Anhanduí, da Vacaria, junto a  Augusto Leverger e Antônio Maria Coelho.    Finalmente foi guia das tropas brasileiras do Coronel Camisão - na Expedição de Mato Grosso, quando da Retirada de Laguna, em 1867.

 

            José Francisco Lopes, instalado à margem direita do Rio Miranda (hoje Município de Guia Lopes da Laguna), dista cerca de seis quilômetros, (caminho da cidade de Bonito), nada tinha a temer, no tocante aos paraguaios, que diziam e insistiam ser as terras à margem esquerda até o Rio Apa, pertencentes à República do Paraguai por razões históricas.

 

            Em 1856, por assinatura do tratado de amizade, comércio e navegação com o Paraguai, evitou que as terras contestadas pelos Paraguaios fossem ocupadas, até que se desse uma solução final ao caso dos limites.   Daí porque José Francisco Lopes mudara-se da Fazenda Monjolinho que estava junto ao Apa, para a margem direita do Rio Miranda, Fazenda Jardim.

 

            Vale lembrar, que o Governo dos Lopez, no Paraguai, falava em Rio Branco, como o divisor entre os dois países, mas para eles existiam dois rios brancos, um o pequenino que, conforme disseram, “caía em frente ao Forte Olimpio” e o outro o Rio Miranda, que também diziam, “está a 20 graus e minutos de  latitude”.  Era um astuto jogo de palavras para protelar a questão de limites, motivando o armamento do país para uma guerra, como de fato aconteceu, em 1864.   Esta razão, porque o tratado de 1856, teve uma vigência de seis anos, isto é, ganharia os Lopez tempo bastante para o preparo final da guerra.

 

            José Francisco Lopes, que vivera alguns anos  no Paraguai, como se comenta, conhecendo muito bem, portanto, sua gente, suas terras e o seu governo para evitar conflitos, estabeleceu-se  à margem direita do Rio Miranda, um dos Rios   Brancos para o Lopez.    Na verdade, dona Senhorinha, quando ainda casada  com Gabriel, residindo na Fazenda Monjolinho, em 1850, já enfrentaram dissabores com os paraguaios, por questões de fronteira.   Daí, mais uma razão para José Francisco Lopes e  cunhada, viúva e agora sua esposa, Dona Senhorinha e aconselhados por Antônio Gonçalves Barbosa, estabelecerem  residência na Fazenda Jardim, para evitarem novos confrontos com os paraguaios.

 

            A atual cidade e hoje município de Guia Lopes da Laguna, tem a sua origem na  Fazenda ou Estância do Jardim, proximidades do Córrego Bom Jardim, fundada por Antônio Gonçalves Barbosa, onde levantara casa, curral, cercada e um grande pomar, de laranjeiras e limoeiros, por volta do ano de 1850, para os seus filhos.

 

            Descortinamos assim,  algumas razões  sobre  a vinda de José Francisco Lopes para a região do atual município de Guia Lopes da Laguna.

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PRAÇA CORONEL CAMISÃO ONDE TUDO COMEÇOU