Guia Lopes da Laguna
80 anos da Fundação da Cidade
(A última filha caçulinha do município de Nioaque)
19 de Março de 1938 – 19 de março 2018
Parte 4
Memorias!
Como Nasceu a Primeira Escola em Guia Lopes da Laguna?
Há 80
Anos? E Seus Professores?
Segundo José Bião Netto ele registrou:
Professores do 1º ao 5º ano –
Escola Visconde de Taunay (Os primeiros)
Paulo Nunes Nogueira
Martins Honesimo Silveira
Hilca de Souza Santos
Izaura Guimarães
Deizia de Sousa Santos
Irene Marinho Falcão
A primeira Escola de Guia Lopes da Laguna, denominada de
Visconde de Taunay. Homenagem ao Oficial do Exército Brasileiro, escritor, político,
nobre, músico, professor, engenheiro militar,
historiador e sociólogo brasileiro que participou no conflito
da Guerra da Tríplice Aliança e o Paraguai, nas Campanhas pelo Sul de Mato
Grosso 1866-1867, do qual resultaram diversos livros, destacando A Retirada da
Laguna e Inocência.
Em 1868 retornou ao Rio de Janeiro e em 1869
foi convidado pelo Conde d’Eu, comandante das forças brasileiras em operação no
Paraguai, para redigir o “Diário do Exército”, que em 1870 foi reproduzido em
livro do mesmo nome.
Uma Visão da Primeira Escola Construída de Taquaruçu
Rachado e Batido com Coberta de Folhas de Palmeira Bacuri. Movimento no dia 19
de março 1938
Os três primeiros
professores da Escola Pública Visconde de Taunay, em Guia Lopes da Laguna
1º Professor: Paulo Nunes Nogueira
2º Professor: Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira).
3ª Professora: Normalista Srta. Hilca de Souza Santos
A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes
Ato oficial, solene e festivo para a fundação de Guia Lopes da
Laguna
A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes
Local atual onde aconteceu as primeiras reuniões na casa de José
Francisco Lopes e Maria Rufina Lopes, culminando com a assinatura em 12 de
fevereiro de 1938 a decisão oficial para a fundação da cidade de Guia Lopes da
Laguna
No momento não dispomos de informações sobre o primeiro e
terceiro. Se algum leitor possuir informações gentileza entrar em contato conosco.
Nos idos do passado, ser professor (a) podia não ser uma
profissão de remuneração meritória. Entretanto, o papel do “status quo” na
sociedade era reconhecido. Ocupava cadeira de destaque nos eventos e em
solenidades era convocado a discursar. Sem esquecer que o professor era
respeitado como um agente do “saber” e contribuía na formação do caráter,
civismo, da cidadania, ainda que dentro de outro contexto político conjuntural.
Considerando a maioria das Cidades Brasileira e Sul
Mato-grossenses, Guia Lopes da Laguna é uma jovem anciã da terceira idade com
apenas 80 anos de idade do seu nascimento 19 de março de 1938-19 de março de
2018. Diga-se apenas de passagem, que esta data é o ato solene religioso, dia
de São José, o qual é o Padroeiro, por parte dos costumes oriundos do
Catolicismo. Homenagem justa, já que o Guia Lopes, que deu origem ao topônimo
chama-se “José” Francisco Lopes. O Ato Oficial aconteceu em 12 de Fevereiro de
1938, na sede da fazenda do filho do “Guia Lopes” que leva o mesmo homônimo do
Pai, José Francisco Lopes, participou da fundação, oficializou o telegrama as
autoridades e doou 25 hectares de terra da sua propriedade, para a construção
do núcleo urbano.
Neste Artigo, trazemos a memória apenas os nomes dos três
primeiros professores que deram início ao processo de escolarização das
crianças e adolescentes dos primeiros anos da fundação da cidade. Para não
sermos injustos, no momento oportuno, relembraremos o nome de outras
professoras que continuaram o trabalho Educativo, na Primeira Escola Visconde
de Taunay, atualmente desativada.
A memória histórica é curta! Por isso escrevo quando posso, para
que os registros não se percam. Eu que dediquei os melhores anos da minha vida
e saúde ao trabalho da Educação Escolar, espero que nas gerações futuras,
lembrem-se de mim.
Mas vamos aos nossos propósitos, resgatar as poucas referencias
que encontramos sobre os dois primeiros professores.
Ato de Fundação:
Neste telegrama já se solicitava a fundação de uma Escola
Agrícola para o povoado.
Dia 19 de Março de 1938, uma comissão organizada
entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às autoridades
superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado conhecimento ao Dr.
Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso e ao Iminente
Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, com a remessa de uma
cópia autêntica da ata de fundação a 12 de Fevereiro; cujo telegrama a mais
súbita honra aqui transcrevo na integra:
“Exmo. Sr. Dr. Getúlio Dornelles Vargas vg DD.
Presidente da Republica, Palácio Cattette Rio pt Qualidade ultimo filho
sobrevivente velho sertanejo Guia Lopes vg. Grata satisfação
Comunicar vossência vg doze de Fevereiro vg, histórica Fazenda Jardim
minha propriedade vg. Realizou-se grande reunião vg. Fazendeiros, pessoas
gradas vg, exmas famílias vg, Municípios Bela Vista vg, Bonito e Nioac vg fim
fundação Patrimônio Guia Lopes vg, memória homenagem saudoso pai vg tombou
mesmo local vg defesa integridade Pátria pt Gesto nobre patriótico vg sob
auspicias briosas officialidade vg dignos sargentos 1ª Cia. 4º. B.S. a muito
acantonado estas paragens vg obteve grande aplauso população vg por vir plantar
rica vastíssima zona vg exemplo verdadeiro civismo e sentimento patriótico
gerações vindouras pt Reunião foi presidida digno comandante companhia vg qual
expôs fim mesma vg dissertando feitos heroicos componentes retirada da Laguna
vg quais tombaram vitimados cólera vg justamente solo onde fundou-se patrimônio
pt Dr. Sinezio Chavasco fazendo uso palavra vg congratulou-se acto patriotismo
vg relembrou feitos gloriosos Exército Nacional vg dissertando atual regime sob
benéfica orientação vossência pt Foi dado conhecimento Dr.
Interventor Federal vg remetendo acta dia 12 de Fevereiro pt Pedindo
venia vossência vg solicito nome povo Patrimônio apelando sentimento
patriotismo eminente chefe vg possível for fundação pequena escola federal vg
pratica agricultura e pecuária vg ramo nosso grandioso Estado vg qual trará
imenso resultado benéfico região onde tudo é feito sistema rotineiro pt Sede
Patrimônio vg localizada belíssima campanha vg sobre ponte Rio Miranda vg
margem rodovia construída glorioso 4º. B.S vg pouca distância campo santo onde
repousa restos mortais heróis Retirada da Laguna a poucos passos tapera onde
viveu inesquecível “Guia Lopes” pt Certo vossência atendendo
apelo prestado essa homenagem velho sertanejo vg imenso prazer dizer-vos que
com 76 anos ultimo filho sobrevivente Guia Lopes morrerá satisfeito beneficio
mocidade vindoura vg abençoado nome nosso Interventor e Ilustre presidente pt
Respeitosas saudações pt (a) José Francisco Lopes”.
O Professor Paulo Nogueira
Até o momento não encontramos uma fotografia onde se possa
reconhecer o professor Paulo. Se algum dos seus desentendes dispuser, gentileza
entrar em contato conosco.
Vamos conhecer o que escreveu o Sargento Odilon Queiroz,
testemunho da História, em seu Livro, no momento ainda não publicado, no
“Transpirar da Vida”:
“No dia 21 de março de 1938, foram matriculado na Escola
“Visconde de Taunay”, 45 alunos de ambos os sexos. Figuravam entre os
matriculados, as minhas filhas: Terezinha de Queiroz e Adalgisa de Queiroz de 8
e 6 anos respectivamente.
O prédio era aquele galpão-de-palha muito mal feito e muito mal
coberto, que apenas uma neblina chegava para molhar tudo lá dentro, As paredes,
portas e janelas tudo de taquaruçu rachado, batido de qualquer jeito e que
tomaram formas tortuosas com o brusco ressecamento, acabaram de ser as
vestimentas de sua pobreza. E como gostavam de trincar com o vento de úmido
inverno! Impulsionado por ele, chegavam a balançar-se num vaivém, produzindo
sons tristes e agourantes pelas gretas dos taguaruçus rachados de conformidade
com a pressão do ar, imitando assim, velhos pífaros e flautins mal tocados numa
orquestração sinistra, ora, a guinchar, ora num assombroso sussurro a sumir-se.
Geladas e trêmulas ficavam as crianças; pálido e encolhido com as mãos nos
bolsos era a desconsolada pose do professor.
O primeiro mestre que conseguimos, foi o Sr. Paulo Nogueira, que
dentro do seu conhecimento, fez o que pode com zelo e carinho na alfabetização
daquelas crianças até março de 1939.
Paralelo entre 1938 – 2018
A Esquerda a Igreja de São José – A Direita a Escola Visconde de
Taunay (1938)
A Esquerda a Igreja de São José – A Direita o Salão Paroquial
(2018)
O Senhor José Bião Neto, no seu Livro-Diário de Guia Lopes,
ainda não Publicado, assim escreveu:
(...) “Organizou-se uma comissão de moças e senhoras para à
tardinha realizarem uma pequena procissão. Ficando ainda a critério do povo a
escolha de um civil e indicá-lo ao Sr. Antônio de Oliveira Flores, prefeito de
Nioac para ser nomeado professor da escola mista Visconde de Taunay, engenheiro
heroico da Coluna Coronel Camisão, nesse mesmo dia 19 de Março de 1938, uma
comissão organizada entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às
autoridades superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado
conhecimento ao Dr. Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso
e ao Iminente Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, (...)”
(...) “Em seguida tendo sido escolhido o Sr. Paulo Nunes
Nogueira, para o cargo de professor do povoado, foi combinado com o prefeito de
Nioac, Sr. Antônio Oliveira Flores, a inauguração e posse do Sr. Paulo Nunes
Nogueira no dia 31 de Março de 1938, ficando nesse ponto encerrada a (2ª.)
segunda reunião de civis e militares, neste povoado. (...)”
(...) “Lá se vão doze dias, chega 31 de Março de 1938, e
conforme havia ficado combinado, chega o Sr. Antônio de Oliveira Flores,
prefeito de Nioac, acompanhado de grande caravana de autoridades civis e
militares de Nioac, o dia estava nublado com chuvisqueiros fino como se vê na
foto a direita, mas mesmo assim simbolicamente, foi inaugurada a escola mista
“Visconde de Taunay”. Ato contínuo foi dado posse ao 1º Professor do povoado:
Sr. Paulo Nunes Nogueira, em solenidade simples de pouca duração e logo foi
encerrada a (3ª) terceira reunião realizada neste povoado. (...)”
A nomeação do segundo
Professor Martins Honésimo da Silveira (Nelsinho)
Nelsinho, como era chamado, por conta do nome de seu Pai Nelson.
Vale recordar que naquela época a denominação “escola mista” era
uma sala de aula onde estudavam juntos meninos e meninas.
Também era uma sala de aula, denominada “multisseriada” onde um
único professor ensinava todas as disciplinas e à alunos de diferentes ano de
escolarização.
O autor Sargento Odilon
de Queiroz, assim registrou sobre o professor:
(...) “O professor Paulo Nogueira foi substituído pelo Sr.
Martins Honésimo da Silveira, por ter sido este nomeado por autoridade
competente, como professor da referida escola. Nelsinho, era como o chamavam.
Homem trabalhador e inteligente, o Sr. Honésimo veio do Patrimônio Bonito, onde
morava. Nem só a Escola Visconde de Taunay tomou impulso valioso, como também o
Patrimônio Guia Lopes, em geral, por ser o professor Martins Honésimo da Silveira
de elevada competência, dinâmico e atirado. Era portanto o braço o direito de
Guia Lopes da Laguna. Tudo com ele caminhava para frente, mesmo através de
grandes dificuldades e de absoluta falta de recurso que enfrentava o
Patrimônio, para resolver as menores causas. Nelsinho, promovia bonitas e
animadas festas cívicas em grande datas nacionais, merecendo por tudo, os
melhores encômios pela força correta que apresentava a Escola Visconde de
Taunay nessas datas festivas. Impressionava sobremaneira a todos, o entusiasmo
vivo das crianças dessa pequena escola, a cantarem com perfeição, com calor, os
hinos pátrios.
A poder de donativos que só ele podia conseguir, transformou
logo o triste galpão-de-palha considerado – “Escola Visconde de Taunay” – que
só tinha de bom e de bonito o nome, porque nada valia, num pavilhão de madeira
de 12mx7m coberto de telha francesa que abrigava melhor as crianças.
Não conformando ainda com isso, sem perca de tempo tratou de dar
andamento num edifício de material, não só importante e digno para o povoado,
não só para o seu fim, como também, para o seu nome honroso. E assim, nova luta
procede. Promovendo quermesses, e com as suas rendas e donativos, começa a
obra, pois, sentia-se mal em ver a nossa Guia Lopes da Laguna tão pobre e tão
sem jeito.
Mas, de uma hora para outra, o Patrimônio perde este homem
herói, e a Escola Visconde de Taunay, o seu grande mestre. A morte golpeou lhe
surpreendentemente, roubando uma vida tão útil e muito preciosa ao progresso do
lugar. Fora vítima de uma forte congestão.
Para nós, companheiros de sublime ideais tão significativos à
grandeza de nossa Terra, foi motivo de grande pesar, de tristeza, de luto, a
sua morte. (...)
Bião Neto registrou:
“Atendendo um apelo dos moradores do patrimônio e região, o
eminente Interventor Federal Dr. Julio Struling Muller, nomeou para o cargo de
professor do povoado o Sr. Martins Onessimo Silveira, que se vê na foto a
direita, como primeiro professor público do Patrimônio Guia Lopes, que no dia
(4) quatro de Março de 1940 as (7) sete horas, batendo no velho pedaço de eixo
de carreta, alegremente naquela risonha segunda-feira, iniciava as aulas a (32)
trinta e dois alunos de ambos os sexos, no colégio de taquara batida, coberto
de telhas, que a foto abaixo nos mostra, vendo-se vários alunos em recreio, em
seu pátio separado das meninas e mocinhas”.
“Nos dias 13 e 19 realizaram-se os festejos de São José,
padroeiro do povoado, uma pequena procissão e barraquinha à noite. Os
fazendeiros e moradores do povoado e região satisfeitos com o dinamismo do
professor Martins O. Silveira têm matriculados filhos e filhas moços e moças,
como se vê na foto abaixo, pois antes da fundação deste povoado não havia
escola neste rincão de nossa pátria, as crianças nasciam, cresciam analfabetos
e pagãos; no centro da foto mencionada se vê sentado o professor Martins O.
Silveira e um grupo de suas alunas”
“E para completar o funesto cenário, no dia (7) sete de Janeiro
de 1941, às 10 horas morre o tão querido professor Martins H. Silveira; o qual
foi substituído pela a normalista Srta. Milca de Souza Santos...”
O Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era filho da
professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora casado com a
Senhora Marcelina Leite Silveira
Imagem extraída da Revista Crônicas Históricas do Município de
Bonito, 1978, pag. 39.
Material fornecido por Aroldo Monteiro, 2015
Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era Filho da
Professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora Casado com a
Senhora Marcelina Leite Silveira
Momento Histórico, na frente da Igreja de São José, 1940
A Esquerda, de chapéu, José Francisco Lopes, o filho do Guia
Lopes, participou da Fundação
No Centro o professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) o
segundo professor
A Direita, de batina, o Padre Paulo Butler, celebrou a primeira
missa, batizados e casamentos. Era norte americano e da congregação dos
Redentorista, da cidade de Aquidauana.
Vista panorâmica em frente da igreja e ao lado da Escola 1940
A direita, a primeira Senhora, a esposa do Professor Nelsinho
A esquerda de paletó cor cinza, entre a escola e a igreja,
crianças a frente, cabeça descoberta, o senhor Brasilio Barbosa, primeiro
prefeito nomeado, nesta ocasião era juiz de paz. Cópia cedido por Leonor Flores Barbosa.
“Pelo decreto federal nº 5.812 de Setembro de 1943 foi criado o
território federal de Ponta Porã, ao qual ficou pertencendo este patrimônio,
mais sempre subordinado a comarca de Aquidauana, sendo seu primeiro Governador
o Coronel Ramiro de Noronha e substituto o Major Respicio do Espírito Santo. Em
16 de Outubro, o Coronel Ramiro de Noronha, de passagem por este povoado,
determinou a divisão da “Escola Mista Visconde de Taunay”, em (4) quatro
classes isoladas, ficando esse serviço a cargo do construtor Luiz Biscaro, que
se comprometeu em entregar a obra devidamente concluída até o dia 20 de
Dezembro, o que de fato aconteceu no dia 18 de Dezembro, em nome do Senhor
prefeito Antônio Francisco Xavier, eu recebi o serviço ultimado dentro do que
foi contratado, para segurança dos alunos e seus professores. E com essa obra
tão necessária 1943, vai declinando no distante poente, deixando longuíssimos
raios visíveis azul-marinho cruzando o firmamento, do ocidente para o oriente.”
(Segundo Bião Neto).
Prédio que abrigou a escola visconde de Taunay - prédio de
alvenaria - até a sua desativação. foto ampliada. Prédio que teve início da
construção pelo professor Nelsinho e comunidade.
O Território de Ponta Porã foi um território federal brasileiro
criado em 13 de setembro de 1943, conforme o Decreto-lei n.° 5 812, do governo
de Getúlio Vargas.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial o governo
decide desmembrar seis territórios estratégicos de fronteira do país para
administrá-los diretamente: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu e o
arquipélago de Fernando de Noronha.
O Decreto-lei n.° 5 812, que criou o Território Federal de Ponta
Porã, estabeleceu que o mesmo seria formado do município de Ponta Porã (onde
foi instalada a capital) e mais seis outros: Porto Murtinho, Bela Vista,
Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju. A capital foi transferida para Maracaju
em 31 de maio de 1944 (Decreto-lei n.° 6 550), voltando a Ponta Porã em virtude
de Decreto de 17 de junho de 1946.
O território foi extinto em 18 de setembro de 1946 pela
Constituição de 1946, e reincorporado ao então estado de Mato Grosso.
Atualmente a área do antigo território de Ponta Porã faz parte do estado de
Mato Grosso do Sul
Guia Lopes da Laguna era Distrito de Paz no Município de
Nioaque, sendo assim também anexado ao Território Federal
Contatos:
josedalmolin@bol.com.br
josevicentedalmolin@gmail.com
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