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domingo, 25 de março de 2018

GUIA LOPES DA LAGUNA - 80 ANOS - MEMORIA EDUCACIONAL

GUIA LOPES DA LAGUNA - 80 ANOS DA FUNDAÇÃO DA CIDADE 1938 * 2018 - IV

Guia Lopes da Laguna
80 anos da Fundação da Cidade
(A última filha caçulinha do município de Nioaque)
19 de Março de 1938 – 19 de março 2018
Parte  4

Memorias! Como Nasceu a Primeira Escola em Guia Lopes da Laguna?

Há 80 Anos? E Seus Professores?

Segundo José Bião Netto ele registrou:
Professores do 1º ao 5º ano – Escola Visconde de Taunay (Os primeiros)
Paulo Nunes Nogueira - conteudo atualizado
Martins Honesimo Silveira
Hilca de Souza Santos
Izaura Guimarães
Deizia de Sousa Santos
Irene Marinho Falcão
A primeira Escola de Guia Lopes da Laguna, denominada de Visconde de Taunay. Homenagem ao Oficial do Exército Brasileiro, escritor, político, nobre, músico, professor, engenheiro militar, historiador e sociólogo brasileiro que participou no conflito da Guerra da Tríplice Aliança e o Paraguai, nas Campanhas pelo Sul de Mato Grosso 1866-1867, do qual resultaram diversos livros, destacando A Retirada da Laguna e Inocência.

Em 1868 retornou ao Rio de Janeiro e em 1869 foi convidado pelo Conde d’Eu, comandante das forças brasileiras em operação no Paraguai, para redigir o “Diário do Exército”, que em 1870 foi reproduzido em livro do mesmo nome.
Uma Visão da Primeira Escola Construída de  Taquaruçu Rachado e Batido com Coberta de Folhas de Palmeira Bacuri. Movimento no dia 19 de março 1938

Os três primeiros professores da Escola Pública Visconde de Taunay, em Guia Lopes da Laguna
1º Professor: Paulo Nunes Nogueira
2º Professor: Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira).
3ª Professora: Normalista Srta. Hilca de Souza Santos 

A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes

Ato oficial, solene e festivo para a fundação de Guia Lopes da Laguna
A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes

Local atual onde aconteceu as primeiras reuniões na casa de José Francisco Lopes e Maria Rufina Lopes, culminando com a assinatura em 12 de fevereiro de 1938 a decisão oficial para a fundação da cidade de Guia Lopes da Laguna

No momento não dispomos de informações sobre o primeiro e terceiro. Se algum leitor possuir informações gentileza entrar em contato conosco.
Nos idos do passado, ser professor (a) podia não ser uma profissão de remuneração meritória. Entretanto, o papel do “status quo” na sociedade era reconhecido. Ocupava cadeira de destaque nos eventos e em solenidades era convocado a discursar. Sem esquecer que o professor era respeitado como um agente do “saber” e contribuía na formação do caráter, civismo, da cidadania, ainda que dentro de outro contexto político conjuntural.
Considerando a maioria das Cidades Brasileira e Sul Mato-grossenses, Guia Lopes da Laguna é uma jovem anciã da terceira idade com apenas 80 anos de idade do seu nascimento 19 de março de 1938-19 de março de 2018. Diga-se apenas de passagem, que esta data é o ato solene religioso, dia de São José, o qual é o Padroeiro, por parte dos costumes oriundos do Catolicismo. Homenagem justa, já que o Guia Lopes, que deu origem ao topônimo chama-se “José” Francisco Lopes. O Ato Oficial aconteceu em 12 de Fevereiro de 1938, na sede da fazenda do filho do “Guia Lopes” que leva o mesmo homônimo do Pai, José Francisco Lopes, participou da fundação, oficializou o telegrama as autoridades e doou 25 hectares de terra da sua propriedade, para a construção do núcleo urbano.
Neste Artigo, trazemos a memória apenas os nomes dos três primeiros professores que deram início ao processo de escolarização das crianças e adolescentes dos primeiros anos da fundação da cidade. Para não sermos injustos, no momento oportuno, relembraremos o nome de outras professoras que continuaram o trabalho Educativo, na Primeira Escola Visconde de Taunay, atualmente desativada.
A memória histórica é curta! Por isso escrevo quando posso, para que os registros não se percam. Eu que dediquei os melhores anos da minha vida e saúde ao trabalho da Educação Escolar, espero que nas gerações futuras, lembrem-se de mim.
Mas vamos aos nossos propósitos, resgatar as poucas referencias que encontramos sobre os dois primeiros professores.

Ato de Fundação:

Neste telegrama já se solicitava a fundação de uma Escola Agrícola para o povoado.
Dia 19 de Março de 1938, uma comissão organizada entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às autoridades superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado conhecimento ao Dr. Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso e ao Iminente Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, com a remessa de uma cópia autêntica da ata de fundação a 12 de Fevereiro; cujo telegrama a mais súbita honra aqui transcrevo na integra: 

“Exmo. Sr. Dr. Getúlio Dornelles Vargas vg DD. Presidente da Republica, Palácio Cattette Rio pt Qualidade ultimo filho sobrevivente velho sertanejo Guia Lopes vg. Grata satisfação

  Comunicar vossência vg doze de Fevereiro vg, histórica Fazenda Jardim minha propriedade vg. Realizou-se grande reunião vg. Fazendeiros, pessoas gradas vg, exmas famílias vg, Municípios Bela Vista vg, Bonito e Nioac vg fim fundação Patrimônio Guia Lopes vg, memória homenagem saudoso pai vg tombou mesmo local vg defesa integridade Pátria pt Gesto nobre patriótico vg sob auspicias briosas officialidade vg dignos sargentos 1ª Cia. 4º. B.S. a muito acantonado estas paragens vg obteve grande aplauso população vg por vir plantar rica vastíssima zona vg exemplo verdadeiro civismo e sentimento patriótico gerações vindouras pt Reunião foi presidida digno comandante companhia vg qual expôs fim mesma vg dissertando feitos heroicos componentes retirada da Laguna vg quais tombaram vitimados cólera vg justamente solo onde fundou-se patrimônio pt Dr. Sinezio Chavasco fazendo uso palavra vg congratulou-se acto patriotismo vg relembrou feitos gloriosos Exército Nacional vg dissertando atual regime sob benéfica orientação vossência pt Foi dado conhecimento Dr. Interventor Federal vg remetendo acta dia 12 de Fevereiro pt Pedindo venia vossência vg solicito nome povo Patrimônio apelando sentimento patriotismo eminente chefe vg possível for fundação pequena escola federal vg pratica agricultura e pecuária vg ramo nosso grandioso Estado vg qual trará imenso resultado benéfico região onde tudo é feito sistema rotineiro pt Sede Patrimônio vg localizada belíssima campanha vg sobre ponte Rio Miranda vg margem rodovia construída glorioso 4º. B.S vg pouca distância campo santo onde repousa restos mortais heróis Retirada da Laguna a poucos passos tapera onde viveu  inesquecível “Guia Lopes” pt Certo vossência atendendo apelo prestado essa homenagem velho sertanejo vg imenso prazer dizer-vos que com 76 anos ultimo filho sobrevivente Guia Lopes morrerá satisfeito beneficio mocidade vindoura vg abençoado nome nosso Interventor e Ilustre presidente pt Respeitosas saudações pt (a) José Francisco Lopes”.

O PROFESSOR PAULO NOGUEIRA - ATUALIZAÇÃO


Gratidão a Professora Rita Carmem Braga, da cidade de Jardim, nos aproximou da Professora Neide Nogueira Vaz, com a qual tive oportunidades de trabalharmos juntos por alguns anos, e desconhecia que ela era uma das filhas do prof. Paulo Nogueira.

Por isso transcrevemos a integra do texto com dados sobre o primeiro professor que lecionou na primeira Escola Visconde de Taunay, 1938, Patrimonio de Guia Lopes da LAguna. 

"PAULO NUNES NOGUEIRA nasceu no Distrito de Bonito, Município de Miranda, no
dia 23 de setembro de 1908, filho de Emílio Nunes Nogueira e Valentina Nunes Nogueira,
ambos naturais da Argentina. Trabalhou como criador, quando aos 21 anos casou-se com
Alzira Flores Nogueira, no dia 07 de dezembro de 1929. Em 1935 mudou-se para o Patrimônio

Guia Lopes da Laguna, quando exerceu a função de professor (sendo o primeiro
daquela localidade) e onde nasceram seus seis filhos: Onicer, Ramona, Neide, Isaías e Nedir.

Em 1941, mudou-se para o local conhecido como acampamento de Jardim, que ficava
nas terras do fazendeiro Fábio Martins Barbosa e estavam acampados aí os militares e civis
que vieram abrir, as estradas que ligavam Bela Vista e Porto Murtinho à Aquidauana.

Foi açougueiro e depois proprietário da primeira pensão do local.Participou, junto com o
Major Costa e outros civis da fundação da Vila Jardim.

Mais tarde passou a trabalhar na C. E.R. –3, sendo funcionário público federal por
30(trinta) anos. Nas horas vagas exercia a profissão de barbeiro. Por ser pessoa muito
conhecida, candidatou-se a vereador, sendo eleito para o cargo em 1973.

Paulo Nunes Nogueira faleceu em 07 de março de 1977, aos 69 anos de idade, na cidade
de Jardim, que ele ajudou a nascer, com o seu trabalho honrado de bom pai de família,
honesto e cumpridor dos seus deveres. De seus filhos, somente a Neide Nogueira Vaz,
que é viúva do nosso grande amigo João Vaz permanece em nossa cidade".

Livro,
Jardim, a História de uma cidade.
Rita Carmem Braga de Lima

Editora Tribuna da Fronteira, Jardim, MS. 2006

Vamos conhecer o que escreveu o Sargento Odilon Queiroz, testemunho da História, em seu Livro, no momento ainda não publicado, no “Transpirar da Vida”:

“No dia 21 de março de 1938, foram matriculado na Escola “Visconde de Taunay”, 45 alunos de ambos os sexos. Figuravam entre os matriculados, as minhas filhas: Terezinha de Queiroz e Adalgisa de Queiroz de 8 e 6 anos respectivamente.

O prédio era aquele galpão-de-palha muito mal feito e muito mal coberto, que apenas uma neblina chegava para molhar tudo lá dentro, As paredes, portas e janelas tudo de taquaruçu rachado, batido de qualquer jeito e que tomaram formas tortuosas com o brusco ressecamento, acabaram de ser as vestimentas de sua pobreza. E como gostavam de trincar com o vento de úmido inverno! Impulsionado por ele, chegavam a balançar-se num vaivém, produzindo sons tristes e agourantes pelas gretas dos taguaruçus rachados de conformidade com a pressão do ar, imitando assim, velhos pífaros e flautins mal tocados numa orquestração sinistra, ora, a guinchar, ora num assombroso sussurro a sumir-se. Geladas e trêmulas ficavam as crianças; pálido e encolhido com as mãos nos bolsos era a desconsolada pose do professor.

O primeiro mestre que conseguimos, foi o Sr. Paulo Nogueira, que dentro do seu conhecimento, fez o que pode com zelo e carinho na alfabetização daquelas crianças até março de 1939.

Paralelo entre 1938 – 2018


A Esquerda a Igreja de São José – A Direita a Escola Visconde de Taunay (1938)

A Esquerda a Igreja de São José – A Direita o Salão Paroquial (2018)


O Senhor José Bião Neto, no seu Livro-Diário de Guia Lopes, ainda não Publicado, assim escreveu:

(...) “Organizou-se uma comissão de moças e senhoras para à tardinha realizarem uma pequena procissão. Ficando ainda a critério do povo a escolha de um civil e indicá-lo ao Sr. Antônio de Oliveira Flores, prefeito de Nioac para ser nomeado professor da escola mista Visconde de Taunay, engenheiro heroico da Coluna Coronel Camisão, nesse mesmo dia 19 de Março de 1938, uma comissão organizada entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às autoridades superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado conhecimento ao Dr. Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso e ao Iminente Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, (...)”

(...) “Em seguida tendo sido escolhido o Sr. Paulo Nunes Nogueira, para o cargo de professor do povoado, foi combinado com o prefeito de Nioac, Sr. Antônio Oliveira Flores, a inauguração e posse do Sr. Paulo Nunes Nogueira no dia 31 de Março de 1938, ficando nesse ponto encerrada a (2ª.) segunda reunião de civis e militares, neste povoado. (...)”

(...) “Lá se vão doze dias, chega 31 de Março de 1938, e conforme havia ficado combinado, chega o Sr. Antônio de Oliveira Flores, prefeito de Nioac, acompanhado de grande caravana de autoridades civis e militares de Nioac, o dia estava nublado com chuvisqueiros fino como se vê na foto a direita, mas mesmo assim simbolicamente, foi inaugurada a escola mista “Visconde de Taunay”. Ato contínuo foi dado posse ao 1º Professor do povoado: Sr. Paulo Nunes Nogueira, em solenidade simples de pouca duração e logo foi encerrada a (3ª) terceira reunião realizada neste povoado. (...)”

A nomeação do segundo Professor Martins Honésimo da Silveira (Nelsinho)

Nelsinho, como era chamado, por conta do nome de seu Pai Nelson.
Vale recordar que naquela época a denominação “escola mista” era uma sala de aula onde estudavam juntos meninos e meninas. 

Também era uma sala de aula, denominada “multisseriada” onde um único professor ensinava todas as disciplinas e à alunos de diferentes ano de escolarização.
O autor Sargento  Odilon de Queiroz, assim registrou sobre o professor: 

(...) “O professor Paulo Nogueira foi substituído pelo Sr. Martins Honésimo da Silveira, por ter sido este nomeado por autoridade competente, como professor da referida escola. Nelsinho, era como o chamavam. Homem trabalhador e inteligente, o Sr. Honésimo veio do Patrimônio Bonito, onde morava. Nem só a Escola Visconde de Taunay tomou impulso valioso, como também o Patrimônio Guia Lopes, em geral, por ser o professor Martins Honésimo da Silveira de elevada competência, dinâmico e atirado. Era portanto o braço o direito de Guia Lopes da Laguna. Tudo com ele caminhava para frente, mesmo através de grandes dificuldades e de absoluta falta de recurso que enfrentava o Patrimônio, para resolver as menores causas. Nelsinho, promovia bonitas e animadas festas cívicas em grande datas nacionais, merecendo por tudo, os melhores encômios pela força correta que apresentava a Escola Visconde de Taunay nessas datas festivas. Impressionava sobremaneira a todos, o entusiasmo vivo das crianças dessa pequena escola, a cantarem com perfeição, com calor, os hinos pátrios.

A poder de donativos que só ele podia conseguir, transformou logo o triste galpão-de-palha considerado – “Escola Visconde de Taunay” – que só tinha de bom e de bonito o nome, porque nada valia, num pavilhão de madeira de 12mx7m coberto de telha francesa que abrigava melhor as crianças. 

Não conformando ainda com isso, sem perca de tempo tratou de dar andamento num edifício de material, não só importante e digno para o povoado, não só para o seu fim, como também, para o seu nome honroso. E assim, nova luta procede. Promovendo quermesses, e com as suas rendas e donativos, começa a obra, pois, sentia-se mal em ver a nossa Guia Lopes da Laguna tão pobre e tão sem jeito.

Mas, de uma hora para outra, o Patrimônio perde este homem herói, e a Escola Visconde de Taunay, o seu grande mestre. A morte golpeou lhe surpreendentemente, roubando uma vida tão útil e muito preciosa ao progresso do lugar. Fora vítima de uma forte congestão.
Para nós, companheiros de sublime ideais tão significativos à grandeza de nossa Terra, foi motivo de grande pesar, de tristeza, de luto, a sua morte. (...)

Bião Neto registrou:

“Atendendo um apelo dos moradores do patrimônio e região, o eminente Interventor Federal Dr. Julio Struling Muller, nomeou para o cargo de professor do povoado o Sr. Martins Onessimo Silveira, que se vê na foto a direita, como primeiro professor público do Patrimônio Guia Lopes, que no dia (4) quatro de Março de 1940 as (7) sete horas, batendo no velho pedaço de eixo de carreta, alegremente naquela risonha segunda-feira, iniciava as aulas a (32) trinta e dois alunos de ambos os sexos, no colégio de taquara batida, coberto de telhas, que a foto abaixo nos mostra, vendo-se vários alunos em recreio, em seu pátio separado das meninas e mocinhas”. 

“Nos dias 13 e 19 realizaram-se os festejos de São José, padroeiro do povoado, uma pequena procissão e barraquinha à noite. Os fazendeiros e moradores do povoado e região satisfeitos com o dinamismo do professor Martins O. Silveira têm matriculados filhos e filhas moços e moças, como se vê na foto abaixo, pois antes da fundação deste povoado não havia escola neste rincão de nossa pátria, as crianças nasciam, cresciam analfabetos e pagãos; no centro da foto mencionada se vê sentado o professor Martins O. Silveira e um grupo de suas alunas”

“E para completar o funesto cenário, no dia (7) sete de Janeiro de 1941, às 10 horas morre o tão querido professor Martins H. Silveira; o qual foi substituído pela a normalista Srta. Milca de Souza Santos...”

O Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era filho da professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora casado com a Senhora Marcelina Leite Silveira

Imagem extraída da Revista Crônicas Históricas do Município de Bonito, 1978, pag. 39.

Material fornecido por Aroldo Monteiro, 2015

Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era Filho da Professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora Casado com a Senhora Marcelina Leite Silveira

Momento Histórico, na frente da Igreja de São José, 1940
A Esquerda, de chapéu, José Francisco Lopes, o filho do Guia Lopes, participou da Fundação
No Centro o professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) o segundo professor
A Direita, de batina, o Padre Paulo Butler, celebrou a primeira missa, batizados e casamentos. Era norte americano e da congregação dos Redentorista, da cidade de Aquidauana.

Vista panorâmica em frente da igreja e ao lado da Escola 1940

A direita, a primeira Senhora, a esposa do Professor Nelsinho
A esquerda de paletó cor cinza, entre a escola e a igreja, crianças a frente, cabeça descoberta, o senhor Brasilio Barbosa, primeiro prefeito nomeado, nesta ocasião era juiz de paz. Cópia  cedido por Leonor Flores Barbosa.

“Pelo decreto federal nº 5.812 de Setembro de 1943 foi criado o território federal de Ponta Porã, ao qual ficou pertencendo este patrimônio, mais sempre subordinado a comarca de Aquidauana, sendo seu primeiro Governador o Coronel Ramiro de Noronha e substituto o Major Respicio do Espírito Santo. Em 16 de Outubro, o Coronel Ramiro de Noronha, de passagem por este povoado, determinou a divisão da “Escola Mista Visconde de Taunay”, em (4) quatro classes isoladas, ficando esse serviço a cargo do construtor Luiz Biscaro, que se comprometeu em entregar a obra devidamente concluída até o dia 20 de Dezembro, o que de fato aconteceu no dia 18 de Dezembro, em nome do Senhor prefeito Antônio Francisco Xavier, eu recebi o serviço ultimado dentro do que foi contratado, para segurança dos alunos e seus professores. E com essa obra tão necessária 1943, vai declinando no distante poente, deixando longuíssimos raios visíveis azul-marinho cruzando o firmamento, do ocidente para o oriente.” (Segundo Bião Neto).

Prédio que abrigou a escola visconde de Taunay - prédio de alvenaria - até a sua desativação. foto ampliada. Prédio que teve início da construção pelo professor Nelsinho e comunidade.

O Território de Ponta Porã foi um território federal brasileiro criado em 13 de setembro de 1943, conforme o Decreto-lei n.° 5 812, do governo de Getúlio Vargas.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial o governo decide desmembrar seis territórios estratégicos de fronteira do país para administrá-los diretamente: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu e o arquipélago de Fernando de Noronha.
O Decreto-lei n.° 5 812, que criou o Território Federal de Ponta Porã, estabeleceu que o mesmo seria formado do município de Ponta Porã (onde foi instalada a capital) e mais seis outros: Porto Murtinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju. A capital foi transferida para Maracaju em 31 de maio de 1944 (Decreto-lei n.° 6 550), voltando a Ponta Porã em virtude de Decreto de 17 de junho de 1946.
O território foi extinto em 18 de setembro de 1946 pela Constituição de 1946, e reincorporado ao então estado de Mato Grosso. Atualmente a área do antigo território de Ponta Porã faz parte do estado de Mato Grosso do Sul
Guia Lopes da Laguna era Distrito de Paz no Município de Nioaque, sendo assim também anexado ao Território Federal

Contatos:
josedalmolin@bol.com.br
josevicentedalmolin@gmail.com

GUIA LOPES DA LAGUNA - 80 ANOS DA FUNDAÇÃO DA CIDADE 1938 * 2018 - IV

Guia Lopes da Laguna
80 anos da Fundação da Cidade
(A última filha caçulinha do município de Nioaque)
19 de Março de 1938 – 19 de março 2018
Parte  4

Memorias! Como Nasceu a Primeira Escola em Guia Lopes da Laguna?

Há 80 Anos? E Seus Professores?

Segundo José Bião Netto ele registrou:
Professores do 1º ao 5º ano – Escola Visconde de Taunay (Os primeiros)
Paulo Nunes Nogueira
Martins Honesimo Silveira
Hilca de Souza Santos
Izaura Guimarães
Deizia de Sousa Santos
Irene Marinho Falcão
A primeira Escola de Guia Lopes da Laguna, denominada de Visconde de Taunay. Homenagem ao Oficial do Exército Brasileiro, escritor, político, nobre, músico, professor, engenheiro militar, historiador e sociólogo brasileiro que participou no conflito da Guerra da Tríplice Aliança e o Paraguai, nas Campanhas pelo Sul de Mato Grosso 1866-1867, do qual resultaram diversos livros, destacando A Retirada da Laguna e Inocência.

Em 1868 retornou ao Rio de Janeiro e em 1869 foi convidado pelo Conde d’Eu, comandante das forças brasileiras em operação no Paraguai, para redigir o “Diário do Exército”, que em 1870 foi reproduzido em livro do mesmo nome.
Uma Visão da Primeira Escola Construída de  Taquaruçu Rachado e Batido com Coberta de Folhas de Palmeira Bacuri. Movimento no dia 19 de março 1938

Os três primeiros professores da Escola Pública Visconde de Taunay, em Guia Lopes da Laguna
1º Professor: Paulo Nunes Nogueira
2º Professor: Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira).
3ª Professora: Normalista Srta. Hilca de Souza Santos 

A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes

Ato oficial, solene e festivo para a fundação de Guia Lopes da Laguna
A Reunião de Fundação da cidade (Patrimônio) Guia Lopes

Local atual onde aconteceu as primeiras reuniões na casa de José Francisco Lopes e Maria Rufina Lopes, culminando com a assinatura em 12 de fevereiro de 1938 a decisão oficial para a fundação da cidade de Guia Lopes da Laguna

No momento não dispomos de informações sobre o primeiro e terceiro. Se algum leitor possuir informações gentileza entrar em contato conosco.
Nos idos do passado, ser professor (a) podia não ser uma profissão de remuneração meritória. Entretanto, o papel do “status quo” na sociedade era reconhecido. Ocupava cadeira de destaque nos eventos e em solenidades era convocado a discursar. Sem esquecer que o professor era respeitado como um agente do “saber” e contribuía na formação do caráter, civismo, da cidadania, ainda que dentro de outro contexto político conjuntural.
Considerando a maioria das Cidades Brasileira e Sul Mato-grossenses, Guia Lopes da Laguna é uma jovem anciã da terceira idade com apenas 80 anos de idade do seu nascimento 19 de março de 1938-19 de março de 2018. Diga-se apenas de passagem, que esta data é o ato solene religioso, dia de São José, o qual é o Padroeiro, por parte dos costumes oriundos do Catolicismo. Homenagem justa, já que o Guia Lopes, que deu origem ao topônimo chama-se “José” Francisco Lopes. O Ato Oficial aconteceu em 12 de Fevereiro de 1938, na sede da fazenda do filho do “Guia Lopes” que leva o mesmo homônimo do Pai, José Francisco Lopes, participou da fundação, oficializou o telegrama as autoridades e doou 25 hectares de terra da sua propriedade, para a construção do núcleo urbano.
Neste Artigo, trazemos a memória apenas os nomes dos três primeiros professores que deram início ao processo de escolarização das crianças e adolescentes dos primeiros anos da fundação da cidade. Para não sermos injustos, no momento oportuno, relembraremos o nome de outras professoras que continuaram o trabalho Educativo, na Primeira Escola Visconde de Taunay, atualmente desativada.
A memória histórica é curta! Por isso escrevo quando posso, para que os registros não se percam. Eu que dediquei os melhores anos da minha vida e saúde ao trabalho da Educação Escolar, espero que nas gerações futuras, lembrem-se de mim.
Mas vamos aos nossos propósitos, resgatar as poucas referencias que encontramos sobre os dois primeiros professores.

Ato de Fundação:

Neste telegrama já se solicitava a fundação de uma Escola Agrícola para o povoado.
Dia 19 de Março de 1938, uma comissão organizada entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às autoridades superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado conhecimento ao Dr. Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso e ao Iminente Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, com a remessa de uma cópia autêntica da ata de fundação a 12 de Fevereiro; cujo telegrama a mais súbita honra aqui transcrevo na integra:

“Exmo. Sr. Dr. Getúlio Dornelles Vargas vg DD. Presidente da Republica, Palácio Cattette Rio pt Qualidade ultimo filho sobrevivente velho sertanejo Guia Lopes vg. Grata satisfação

  Comunicar vossência vg doze de Fevereiro vg, histórica Fazenda Jardim minha propriedade vg. Realizou-se grande reunião vg. Fazendeiros, pessoas gradas vg, exmas famílias vg, Municípios Bela Vista vg, Bonito e Nioac vg fim fundação Patrimônio Guia Lopes vg, memória homenagem saudoso pai vg tombou mesmo local vg defesa integridade Pátria pt Gesto nobre patriótico vg sob auspicias briosas officialidade vg dignos sargentos 1ª Cia. 4º. B.S. a muito acantonado estas paragens vg obteve grande aplauso população vg por vir plantar rica vastíssima zona vg exemplo verdadeiro civismo e sentimento patriótico gerações vindouras pt Reunião foi presidida digno comandante companhia vg qual expôs fim mesma vg dissertando feitos heroicos componentes retirada da Laguna vg quais tombaram vitimados cólera vg justamente solo onde fundou-se patrimônio pt Dr. Sinezio Chavasco fazendo uso palavra vg congratulou-se acto patriotismo vg relembrou feitos gloriosos Exército Nacional vg dissertando atual regime sob benéfica orientação vossência pt Foi dado conhecimento Dr. Interventor Federal vg remetendo acta dia 12 de Fevereiro pt Pedindo venia vossência vg solicito nome povo Patrimônio apelando sentimento patriotismo eminente chefe vg possível for fundação pequena escola federal vg pratica agricultura e pecuária vg ramo nosso grandioso Estado vg qual trará imenso resultado benéfico região onde tudo é feito sistema rotineiro pt Sede Patrimônio vg localizada belíssima campanha vg sobre ponte Rio Miranda vg margem rodovia construída glorioso 4º. B.S vg pouca distância campo santo onde repousa restos mortais heróis Retirada da Laguna a poucos passos tapera onde viveu  inesquecível “Guia Lopes” pt Certo vossência atendendo apelo prestado essa homenagem velho sertanejo vg imenso prazer dizer-vos que com 76 anos ultimo filho sobrevivente Guia Lopes morrerá satisfeito beneficio mocidade vindoura vg abençoado nome nosso Interventor e Ilustre presidente pt Respeitosas saudações pt (a) José Francisco Lopes”.

O Professor Paulo Nogueira
Até o momento não encontramos uma fotografia onde se possa reconhecer o professor Paulo. Se algum dos seus desentendes dispuser, gentileza entrar em contato conosco.
Vamos conhecer o que escreveu o Sargento Odilon Queiroz, testemunho da História, em seu Livro, no momento ainda não publicado, no “Transpirar da Vida”:

“No dia 21 de março de 1938, foram matriculado na Escola “Visconde de Taunay”, 45 alunos de ambos os sexos. Figuravam entre os matriculados, as minhas filhas: Terezinha de Queiroz e Adalgisa de Queiroz de 8 e 6 anos respectivamente.

O prédio era aquele galpão-de-palha muito mal feito e muito mal coberto, que apenas uma neblina chegava para molhar tudo lá dentro, As paredes, portas e janelas tudo de taquaruçu rachado, batido de qualquer jeito e que tomaram formas tortuosas com o brusco ressecamento, acabaram de ser as vestimentas de sua pobreza. E como gostavam de trincar com o vento de úmido inverno! Impulsionado por ele, chegavam a balançar-se num vaivém, produzindo sons tristes e agourantes pelas gretas dos taguaruçus rachados de conformidade com a pressão do ar, imitando assim, velhos pífaros e flautins mal tocados numa orquestração sinistra, ora, a guinchar, ora num assombroso sussurro a sumir-se. Geladas e trêmulas ficavam as crianças; pálido e encolhido com as mãos nos bolsos era a desconsolada pose do professor.

O primeiro mestre que conseguimos, foi o Sr. Paulo Nogueira, que dentro do seu conhecimento, fez o que pode com zelo e carinho na alfabetização daquelas crianças até março de 1939.

Paralelo entre 1938 – 2018


A Esquerda a Igreja de São José – A Direita a Escola Visconde de Taunay (1938)

A Esquerda a Igreja de São José – A Direita o Salão Paroquial (2018)


O Senhor José Bião Neto, no seu Livro-Diário de Guia Lopes, ainda não Publicado, assim escreveu:

(...) “Organizou-se uma comissão de moças e senhoras para à tardinha realizarem uma pequena procissão. Ficando ainda a critério do povo a escolha de um civil e indicá-lo ao Sr. Antônio de Oliveira Flores, prefeito de Nioac para ser nomeado professor da escola mista Visconde de Taunay, engenheiro heroico da Coluna Coronel Camisão, nesse mesmo dia 19 de Março de 1938, uma comissão organizada entre os civis achou por bem dar imediato conhecimento às autoridades superiores do País e do Estado e Telegraficamente foi dado conhecimento ao Dr. Julio Struling Muller, Interventor do Estado de Mato Grosso e ao Iminente Presidente da Republica, Dr. Getulio Dornelles Vargas, (...)”

(...) “Em seguida tendo sido escolhido o Sr. Paulo Nunes Nogueira, para o cargo de professor do povoado, foi combinado com o prefeito de Nioac, Sr. Antônio Oliveira Flores, a inauguração e posse do Sr. Paulo Nunes Nogueira no dia 31 de Março de 1938, ficando nesse ponto encerrada a (2ª.) segunda reunião de civis e militares, neste povoado. (...)”

(...) “Lá se vão doze dias, chega 31 de Março de 1938, e conforme havia ficado combinado, chega o Sr. Antônio de Oliveira Flores, prefeito de Nioac, acompanhado de grande caravana de autoridades civis e militares de Nioac, o dia estava nublado com chuvisqueiros fino como se vê na foto a direita, mas mesmo assim simbolicamente, foi inaugurada a escola mista “Visconde de Taunay”. Ato contínuo foi dado posse ao 1º Professor do povoado: Sr. Paulo Nunes Nogueira, em solenidade simples de pouca duração e logo foi encerrada a (3ª) terceira reunião realizada neste povoado. (...)”

A nomeação do segundo Professor Martins Honésimo da Silveira (Nelsinho)

Nelsinho, como era chamado, por conta do nome de seu Pai Nelson.
Vale recordar que naquela época a denominação “escola mista” era uma sala de aula onde estudavam juntos meninos e meninas. 

Também era uma sala de aula, denominada “multisseriada” onde um único professor ensinava todas as disciplinas e à alunos de diferentes ano de escolarização.
O autor Sargento  Odilon de Queiroz, assim registrou sobre o professor: 

(...) “O professor Paulo Nogueira foi substituído pelo Sr. Martins Honésimo da Silveira, por ter sido este nomeado por autoridade competente, como professor da referida escola. Nelsinho, era como o chamavam. Homem trabalhador e inteligente, o Sr. Honésimo veio do Patrimônio Bonito, onde morava. Nem só a Escola Visconde de Taunay tomou impulso valioso, como também o Patrimônio Guia Lopes, em geral, por ser o professor Martins Honésimo da Silveira de elevada competência, dinâmico e atirado. Era portanto o braço o direito de Guia Lopes da Laguna. Tudo com ele caminhava para frente, mesmo através de grandes dificuldades e de absoluta falta de recurso que enfrentava o Patrimônio, para resolver as menores causas. Nelsinho, promovia bonitas e animadas festas cívicas em grande datas nacionais, merecendo por tudo, os melhores encômios pela força correta que apresentava a Escola Visconde de Taunay nessas datas festivas. Impressionava sobremaneira a todos, o entusiasmo vivo das crianças dessa pequena escola, a cantarem com perfeição, com calor, os hinos pátrios.

A poder de donativos que só ele podia conseguir, transformou logo o triste galpão-de-palha considerado – “Escola Visconde de Taunay” – que só tinha de bom e de bonito o nome, porque nada valia, num pavilhão de madeira de 12mx7m coberto de telha francesa que abrigava melhor as crianças. 

Não conformando ainda com isso, sem perca de tempo tratou de dar andamento num edifício de material, não só importante e digno para o povoado, não só para o seu fim, como também, para o seu nome honroso. E assim, nova luta procede. Promovendo quermesses, e com as suas rendas e donativos, começa a obra, pois, sentia-se mal em ver a nossa Guia Lopes da Laguna tão pobre e tão sem jeito.

Mas, de uma hora para outra, o Patrimônio perde este homem herói, e a Escola Visconde de Taunay, o seu grande mestre. A morte golpeou lhe surpreendentemente, roubando uma vida tão útil e muito preciosa ao progresso do lugar. Fora vítima de uma forte congestão.
Para nós, companheiros de sublime ideais tão significativos à grandeza de nossa Terra, foi motivo de grande pesar, de tristeza, de luto, a sua morte. (...)

Bião Neto registrou:

“Atendendo um apelo dos moradores do patrimônio e região, o eminente Interventor Federal Dr. Julio Struling Muller, nomeou para o cargo de professor do povoado o Sr. Martins Onessimo Silveira, que se vê na foto a direita, como primeiro professor público do Patrimônio Guia Lopes, que no dia (4) quatro de Março de 1940 as (7) sete horas, batendo no velho pedaço de eixo de carreta, alegremente naquela risonha segunda-feira, iniciava as aulas a (32) trinta e dois alunos de ambos os sexos, no colégio de taquara batida, coberto de telhas, que a foto abaixo nos mostra, vendo-se vários alunos em recreio, em seu pátio separado das meninas e mocinhas”. 

“Nos dias 13 e 19 realizaram-se os festejos de São José, padroeiro do povoado, uma pequena procissão e barraquinha à noite. Os fazendeiros e moradores do povoado e região satisfeitos com o dinamismo do professor Martins O. Silveira têm matriculados filhos e filhas moços e moças, como se vê na foto abaixo, pois antes da fundação deste povoado não havia escola neste rincão de nossa pátria, as crianças nasciam, cresciam analfabetos e pagãos; no centro da foto mencionada se vê sentado o professor Martins O. Silveira e um grupo de suas alunas”

“E para completar o funesto cenário, no dia (7) sete de Janeiro de 1941, às 10 horas morre o tão querido professor Martins H. Silveira; o qual foi substituído pela a normalista Srta. Milca de Souza Santos...”

O Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era filho da professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora casado com a Senhora Marcelina Leite Silveira

Imagem extraída da Revista Crônicas Históricas do Município de Bonito, 1978, pag. 39.

Material fornecido por Aroldo Monteiro, 2015

Professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) era Filho da Professora Durvalina Dorneles Teixeira e Nelson Teixeira. Fora Casado com a Senhora Marcelina Leite Silveira

Momento Histórico, na frente da Igreja de São José, 1940
A Esquerda, de chapéu, José Francisco Lopes, o filho do Guia Lopes, participou da Fundação
No Centro o professor Nelsinho (Martins Honésimo da Silveira) o segundo professor
A Direita, de batina, o Padre Paulo Butler, celebrou a primeira missa, batizados e casamentos. Era norte americano e da congregação dos Redentorista, da cidade de Aquidauana.

Vista panorâmica em frente da igreja e ao lado da Escola 1940

A direita, a primeira Senhora, a esposa do Professor Nelsinho
A esquerda de paletó cor cinza, entre a escola e a igreja, crianças a frente, cabeça descoberta, o senhor Brasilio Barbosa, primeiro prefeito nomeado, nesta ocasião era juiz de paz. Cópia  cedido por Leonor Flores Barbosa.

“Pelo decreto federal nº 5.812 de Setembro de 1943 foi criado o território federal de Ponta Porã, ao qual ficou pertencendo este patrimônio, mais sempre subordinado a comarca de Aquidauana, sendo seu primeiro Governador o Coronel Ramiro de Noronha e substituto o Major Respicio do Espírito Santo. Em 16 de Outubro, o Coronel Ramiro de Noronha, de passagem por este povoado, determinou a divisão da “Escola Mista Visconde de Taunay”, em (4) quatro classes isoladas, ficando esse serviço a cargo do construtor Luiz Biscaro, que se comprometeu em entregar a obra devidamente concluída até o dia 20 de Dezembro, o que de fato aconteceu no dia 18 de Dezembro, em nome do Senhor prefeito Antônio Francisco Xavier, eu recebi o serviço ultimado dentro do que foi contratado, para segurança dos alunos e seus professores. E com essa obra tão necessária 1943, vai declinando no distante poente, deixando longuíssimos raios visíveis azul-marinho cruzando o firmamento, do ocidente para o oriente.” (Segundo Bião Neto).

Prédio que abrigou a escola visconde de Taunay - prédio de alvenaria - até a sua desativação. foto ampliada. Prédio que teve início da construção pelo professor Nelsinho e comunidade.

O Território de Ponta Porã foi um território federal brasileiro criado em 13 de setembro de 1943, conforme o Decreto-lei n.° 5 812, do governo de Getúlio Vargas.
Com a entrada do Brasil na Segunda Guerra Mundial o governo decide desmembrar seis territórios estratégicos de fronteira do país para administrá-los diretamente: Amapá, Rio Branco, Guaporé, Ponta Porã, Iguaçu e o arquipélago de Fernando de Noronha.
O Decreto-lei n.° 5 812, que criou o Território Federal de Ponta Porã, estabeleceu que o mesmo seria formado do município de Ponta Porã (onde foi instalada a capital) e mais seis outros: Porto Murtinho, Bela Vista, Dourados, Miranda, Nioaque e Maracaju. A capital foi transferida para Maracaju em 31 de maio de 1944 (Decreto-lei n.° 6 550), voltando a Ponta Porã em virtude de Decreto de 17 de junho de 1946.
O território foi extinto em 18 de setembro de 1946 pela Constituição de 1946, e reincorporado ao então estado de Mato Grosso. Atualmente a área do antigo território de Ponta Porã faz parte do estado de Mato Grosso do Sul
Guia Lopes da Laguna era Distrito de Paz no Município de Nioaque, sendo assim também anexado ao Território Federal

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